Oceanário de Aracaju, Projeto Tamar
O Oceanário de Aracaju estava nos meus planos desde que comecei a pensar na minha ida a Aracaju, porque a minha curiosidade estava aguçada para conhecer o trabalho desenvolvido por esse segmento do Projeto Tamar, a partir de tudo o que eu já tinha ouvido e lido sobre o assunto.
Dito e feito, na mesma tarde em que cheguei a Aracaju, acomodei minhas coisas no Ibis Aracaju e tomei um táxi (cerca de R$ 24,00 e 14 minutos de trajeto) até o Oceanário de Aracaju.
A minha visita ao Oceanário de Aracaju certamente aconteceria de todo jeito, mas nesta oportunidade, foi uma cortesia (#ap) da instituição para com o Viajando no Blog, e lá chegando, fui recebida com toda a atenção do mundo pela bióloga Aline.
Ela veio ao meu encontro na porta do Oceanário de Aracaju, e teve toda a paciência e zero pressa de me contar como o Oceanário funciona, como cuidar dos animais que lá estão, quais as linhas de pesquisa do Projeto Tamar, como elas se desenvolvem, quais são os desafios desse projeto impressionante, as carências da operação e os sucessos. Ela estava disponível para a sua visitante, e disponível como se não tivesse mais um milhão de coisas para fazer, dentro de suas inúmeras tarefas.
E claro, me mostrou os animais: as tartarugas marinhas, os pequenos tubarões, peixes diversos e uma variedade de criaturas do mar que eu não encontraria no meu dia a dia de cidade, porque não sei como encontrar, porque não fazem parte de minha rotina, e porque – verdade seja dita – lá descobri que tenho bem menos intimidade com a Natureza do que gostaria de ter.
Cuidado, pois você vai se emocionar!
Biólogos já têm a minha simpatia conceitual, porque a minha linda irmã caçula, a Nathália, é bióloga.
Aline é bióloga com larga experiência de campo, mas também como gestora do Oceanário – sim, a moça joga em todas as posições dentro da instituição – e foi me conduzindo pela visita, me relatando o porquê de certos animais estarem lá, e aquilo tudo – para minha própria surpresa, gente! – foi me emocionando, me tocando, me fazendo ver, talvez pela primeira vez nestes 45 anos, que eu sou parte da mesma morada que aqueles peixes, tartarugas marinhas, tubarões… estamos na mesma nave, somos componentes de um todo.
Nunca, em tantos anos já vividos, eu havia feito essa reflexão. Fui tocada pela história da tartaruga que ficou presa à uma rede de pesca e os pescadores incautos fizeram a opção de decepar-lhe a pata-nadadeira, devolvendo a tartaruga ao mar, e não perdendo os peixes que estavam em sua rede.
E também pela história da tartaruga marinha pseudo-albina, que por falta de coloração não teria o aparato físico que lhe permitiria viver em seu habitat original. E sobre uma espécie de peixe que já nasce cego – não é defeito de um, é característica de todos daquela espécie.
Assisti, de tão perto quanto foi possível, a equipe alimentar o grande aquário central, e o tanque de tubarõezinhos; compreendi que ao contrário do que eu supunha – nós às vezes somos muito ignorantes – não se deve pegar as minúsculas tartaruguinhas com as mãos e adiantar seu caminho para o mar… elas devem ir com suas pequeninas patinhas-nadadeiras, tocando a areia e tomando seu primeiro “caldo” à beira da água, porque essa é a rota original que a Natureza criou, e que propicia a esses animais a memória ancestral responsável pelos ciclos de sua própria existência.
No Oceanário de Aracaju, vi profissionais aplicados e competentes, vi animais lindos, e me comovi de verdade, quando aprendi sobre toda a imensa e trabalhosa tarefa de engajar comunidades vizinhas, quebrar velhos maus hábitos quanto ao lidar com os recursos naturais, e por fim, com a humildade de quem por fim enxergou tantas e tantas coisas fantásticas, interessantes e assustadoras que estão no mesmo planeta em que eu estou, olhei de frente para algo que já se anunciava: se aprende sobre Natureza, Ecologia, Meio Ambiente, Bem Estar nos livros, nas universidades… mas sobretudo, e de maneira magnífica, se aprende ao vivo. Estando com a coisa.
Oceanário de Aracaju: visite e conheça!
Inaugurado em junho de 2002 e com apoio expressivo da Petrobras, tem capacidade para receber até 300 pessoas ao mesmo tempo, alcançando a marca de aproximadamente 120 mil visitantes/ano.
E se você quiser, poderá arrematar a sua visita passando na lojinha do Oceanário, que tem muitas lembrancinhas e souvenirs feitos por comunidades que se interligam ao Tamar na tarefa de cuidar do meio ambiente e ainda ter uma existência sustentável, para suas famílias.
É o primeiro oceanário do Nordeste e o quinto oceanário brasileiro. Os outros ficam em São Paulo (Santos, Ubatuba, Aparecida do Norte e Guarujá). O de Aracaju/SE foi criado, construído e é mantido e administrado pela Fundação Pró-TAMAR, através da coordenação regional do Projeto TAMAR em Sergipe.
Está na Praia da Atalaia, a 500m do mar, ocupa 141 mil m² de área cedida pelo Governo Federal, por meio de contrato de cessão entre o Serviço de Patrimônio da União e a Fundação Pró-TAMAR. Tem área construída de 1.700 m², na forma de uma tartaruga gigante, com a cobertura em eucalipto e piaçava.
De fato é uma atração turística da cidade de Aracaju, além da própria Orla de Atalaia.
Através de atividades regulares, como visitas orientadas, palestras e exposições, acontece a sensibilização de moradores e visitantes para a conservação do ecossistema marinho e das riquezas do rio São Francisco. Palestras, mostras de vídeo e aulas junto aos aquários, permitem aos visitantes aprenderem sobre o ecossistema do litoral sergipano e conhecerem diversas espécies de animais marinhos. Um grande barato, você precisa conhecer!
“O Oceanário reúne cerca de 70 espécies diferentes, todas nativas de Sergipe expostas em 18 aquários (cinco de água doce e 13 de água salgada). Logo na entrada, fica o maior deles, o grande aquário oceânico, com 150 mil litros, abrigando cerca de 30 espécies, incluindo arraias, tubarões, moréias, xaréus, caranhas, vermelhos e meros. Possui também a réplica da parte submersa de uma plataforma petrolífera, fazendo com que o visitante entenda melhor a interação da meio natural com essa estrutura existente no litoral sergipano, que é produtor de petróleo. Existem ainda quatro tanques: um onde os visitantes podem tocar em várias espécies de invertebrados, crustáceos, moluscos e peixes, sempre com a orientação de um monitor; dois tanques com espécies de tartarugas marinhas; e um tanque com tubarões, onde o visitante poderá observar de perto o comportamento da espécie.”
Oceanário de Aracaju
Avenida Santos Dumont, 1010, Atalaia.
Tel: (79) 3214-3243 / 3214-6126
e-mail: oceamar@tamar.org.br
Funciona diariamente das 09h às 21h.
Inteira R$ 18,00; meia entrada: R$ 9,00 (estudantes com carteira, crianças acima de 1m e idosos acima de 60 anos). Portadores de necessidades especiais e crianças até 1 metro não pagam.
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