Brugge: como chegar e uma pitada de História
Brugge, em holandês; Bruges, em francês e português; Brügge, em alemão; e MARAVILHOSA, em qualquer idioma, e na linguagem das lembranças que vamos guardar no coração.
Brugge foi uma grata surpresa! Quando eu saí do Brasil em novembro/15 rumo a Bélgica e a Irlanda, eu não planejava conhecer Brugge. O plano era conhecer a Antuérpia, cidade dos diamantes, e talvez até o seu porto. Amigos e conhecidos me recomendavam Brugge ou Ghent, e eu intimamente insistia com a Antuérpia.
No dia em que visitei o Mini-Europe, tive tempo de conversar bastante com o Maxim, que me recebeu e acompanhou no local, e pedi a ele uma sugestão sobre qual cidade visitar num bate e volta. Ele hesitou, e eu pedi a ele que respondesse com o coração. A resposta acompanhada de um lindo sorriso foi: “Passe um dia em Brugge… você vai ter belas memórias e um belíssimo post no seu blog…!”. Que bom que eu escutei o que Maxim disse, pois ele estava certo.
A maior parte das pessoas que visita a Bélgica e vai conhecer algum lugar além de Bruxelas, faz de Bruxelas a sua base e faz os passeios de um dia ou dois para Brugge, Ghent, Antuérpia, e até mesmo Luxemburgo ou Lille. Já eu acho que, se voltar um dia a Bélgica, farei minha base em Brugge, ou quem sabe em Ghent, indo e voltando por um dia, talvez dois, até Bruxelas.
Brugge merece dois dias de visita e hoje sei que merecia meu planejamento: visitá-la não era a intenção, e portanto eu não me planejei, mas é um lugar muito, muito bonito e agradável, e quero dividir com vocês o que sei sobre ela.
De Bruxelas a Brugge: eu fui de trem
É muito simples ir de trem até Brugge, partindo de Bruxelas, e o trajeto leva cerca de 1 hora e 15 minutos, partindo no meio da manhã, que foi a hora que escolhi. Minha estação de partida foi Brussels Noord, e minha estação de chegada foi Brugge (Brugge Station). Note o trajeto abaixo: nele podemos observar que Ghent é praticamente o meio do caminho entre Bruxelas e Brugge.
De Bruxelas a Brugge eu fui de trem, embora seja possível fazer esse trajeto de ônibus também. Comprei o ticket na própria estação (tanto na ida, quanto na volta) e cada perna custou € 14,10 (valor de novembro de 2015).
Cada trajeto leva cerca de 60 a 80 minutos e o trem, mesmo quando se viaja de segunda classe, é confortável, limpo, e a única coisa que me deixava um pouco desconfortável é não haver avisos em inglês, somente em francês e holandês.
Nesse post aqui eu falo um pouquinho de aplicativos de celular que podem ser usados para escolher e comprar seus tickets de trem, não deixe de ler! Saiba, contudo, que se desejar comprar um pouco antes de embarcar, também conseguirá.
E depois que cheguei à estação de Brugge, peguei um ônibus da De Lijn, na ala Perron 1, em direção ao Grote Market, ao que se conhece como Mercado, em Brugge. Esse trajeto de ônibus (linhas 1, 4 e 12, e acho que há outras também) leva entre 8 e 12 minutos, mas pode ser feito a pé, levando cerca de 20-25 minutos.
Dentro de Brugge os ônibus são da companhia De Lijn e o transporte com bicicletas é comum e muito estimulado. Para os viajantes, há também passeios de barcos pelos canais (ah, na próxima vez eu vou fazer um destes!) e charretes charmosíssimas.
Um pouco da história de Brugge
Não sendo mais que um povoado no século 1, as primeiras construções de Brugge datam do século 9. A cidade é belíssima e mantém arquitetura predominantemente medieval. Esse estilo de construção confere uma atmosfera inigualável à cidade.
Brugge esteve no meio de rotas comerciais importantes do norte europeu, como a Liga Hanseática, e do sul, e sempre participou das tradicionais feiras têxteis, em especial feios (lã).
Durante o crescimento comercial de Brugge, comerciantes de outras regiões se aprochegaram, prosperaram e contribuíram para a prosperidade da cidade: portugueses vieram com especiarias, normandos trouxeram grãos, com os franceses chegaram os vinhos.
O desenvolvimento econômico fez com que Brugge se tornasse um importante elo para o comércio no Mediterrâneo, e até é século 15, de fato a cidade floresceu.
Se por um lado a economia aquecida trazia benefícios para a cidade, por outro lado, fomentava as diferenças oriundas do possuir ou não possuir recursos, dinheiro e mercadorias para estar no jogo econômico, e os embates sociais surgidos à época eram contidos e fortemente combatidos pela milícia.
Entre 1500 e 1900, o canal Zwin, ou Golden Inlet, que outrora permitiu o alargamento econômico da região, estava assoreado e praticamente inútil para a navegação. O desaquecimento econômico deixou Brugge mal cuidada, empobrecida, e a população residente na localidade diminuiu sensivelmente.
Da metade do século 19 em diante, ações de recuperação e reavivamento da cidade, da iniciativa privada e das esferas do poder público, começaram a acontecer, e a construção do porto de Zeebrugge, em 1907 (posteriormente usado à larga por submarinos militares alemães na Primeira Guerra Mundial) tem estreita relação com esse renascimento.
Em 1909, uma entidade de fomento ao turismo, a Bruges Forward, foi fundada. A partir de 1965, muitos prédios residenciais, comerciais, monumentos, marcos da cidade e igrejas foram restaurados. A cidade voltou a ser muito visitada, novos negócios locais se estabeleceram (hotéis, restaurantes, boutiques) e o turismo internacional acendeu-se, a ponto de, em 2002, Brugge ser considerada a Capital Européia da Cultura.
Hoje, a cidade é a casa do College of Europe, instituição de ensinos superiores que goza de elevado prestígio no campo do Direito, da Economia e da Política. Santo André é o padroeiro da cidade de Brugge, e Brugge deu ao mundo, dentre outros, o matemático Simon Stevin, o cantor e compositor Gotye, e o pintor Jan Van Eyck.
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